Logo no início da faculdade de psicologia a gente aprende que somos sujeitos biopsicossociais. Ou seja, somos constituídos e determinados por nossas características físicas e biológicas, por nossos aspectos psicológicos e pelo ambiente social, que pode ser tanto um ambiente acolhedor e facilitador, quanto um ambiente negativo, violento e traumático.
Por isso, o cuidado com a saúde mental não corresponde apenas a terapia, mas deve perpassar também o cuidado com o nosso corpo, através da famosa tríade sono de qualidade, alimentação saudável e prática de atividades físicas, assim como pela modulação ou até mesmo exclusão, claro, quando isso é possível, dos ambientes e das relações nas quais estamos inseridos.
Não há terapia que, por exemplo, fortaleça a pessoa para que ela suporte um trabalho abusivo e exploratório, ou que a fortaleça e a torne resiliente para suportar um relacionamento violento. Essa, fundamentalmente, não é e nem pode ser a função da terapia. A proposta não é fortalecer ninguém para suportar mais abuso ou violência, mas pelo contrário, sua proposta é justamente auxiliar o paciente a identificar e reconhecer esses aspectos nos ambientes e nas relações e propor estratégias de mudança e de saída desses lugares e dessas relações.
E você, já tinha pensado que o cuidado com a saúde mental não é só psicológico, mas perpassa vários outros aspectos da nossa vida?
Tem mais alguma curiosidade sobre terapia? Me conta aqui nos comentários!